Etnomusicologia, etnologia indígena, mulheres indígenas e música na Argentina

Nesta palestra serão tratados desde a etnomusicologia, novas perspectivas acerca das práticas voco-sonoras das copleras. Fundamentada a partir de uma etnografia realizada entre os anos de 2012 e 2015, na Comunidade Indígena de Amaicha del Valle (Tucumán), esta investigação buscou superar antigas perspectivas sobre estes cantos como objetos-classificáveis, assumindo uma aproximação aos mesmos com o entendimento de sua condição incorporada e vivida. Ao reconhecer a existência de epistemologias próprias, acionadas por estas mulheres indígenas, busquei uma simetrização entre nossas etnomusicologias, considerando-as como teóricas amaicheñas-calchaquíes. Ao entender a importância da produção de corporalidades distintivas em suas performances, acionei o conceito de corpo coplero, uma ferramenta para a tradução de um conjunto de práticas empíricas, que realça as capacidades destas mulheres cantoras em estabelecer relações afectivas com alteridades no âmbito de um território sociocosmológico Pachamâmico. A “recuperação” dos corpos, bem como, das perspectivas que formam suas vozes, ressoa neste estudo, convidando à experimentação de novas formas de escutar o mundo.

carga horária
60 minutos

público alvo
Professores, acadêmicos, músicos, estudantes e comunidade em geral

data e horário
4 de Maio,19h

inscrição
R$ 50,00
Ficha de Inscrição

ministrante

Bacharel em Violino (2011) e Mestre em Etnomusicologia (2016), ambos títulos, pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
Como violinista, integrou a Orquestra de Câmara Theatro São Pedro (2012-2013) e Orquestra de Câmara Fundarte (2010-2013), atuando, também, como educador musical, no Centro de Referência em Assistência Social (Canela) e Instituto Popular de Arte-Educação (Porto Alegre). Em 2011 iniciou uma pesquisa etnográfica sobre a prática do canto de coplas com caja, na comuna rural-indígena de Amaicha del Valle (Argentina), trabalho, este, que foi aprofundado em sua dissertação de mestrado.
Desde 2014, tem participado de eventos acadêmicos no Brasil, Uruguai e Argentina, apresentando os resultados desta investigação.

Contato: ivan_vioara@hotmail.com