Painel debate papel dos imunossupressores nos transplantes
Todos os pacientes de transplante necessitam tomar medicamentos imunossupressores para evitar a rejeição do órgão recebido. Esses remédios são ingeridos a partir de dias antes da cirurgia e depois por toda a vida do transplantado.
Cerca de 80 mil pacientes fazem uso permanente dessas medicações. A falta de imunossupressores ou a interrupção de seu uso por levar a perda do órgão transplantado e dependendo do enxerto podem levar a morte ou levar ao retorno da diálise.
Os imunossupressores baixam a imunidade do organismo para que o corpo não rejeite o órgão transplantado. Assim como os transplantes, as medicações para os transplantados são garantidas pelo Sistema Único de Saúde.
A partir do ano de 2017, o fornecimento desse tipo de medicamento tornou-se oscilante, diferentemente dos 25 anos anteriores. O Tribunal de Contas da União (TCU) constatou as aquisições insuficientes do Ministério da Saúde para suprir a totalidade da demanda e a falta desses fármacos em vários estados, comprometendo a vida e a saúde de milhares de transplantados.
Na última sessão plenária realizada em 20 de abril, o TCU determinou ao Ministério da Saúde que, no prazo de 120 dias, adote ações e procedimentos com vistas à regularização do fornecimento dos medicamentos imunossupressores necessários ao atendimento dos pacientes transplantados atendidos pelo Sistema Único de Saúde.
painelistas
Edson Arakaki, transplantado renal há 20 anos, médico gastroenterologista e presidente da Associação Brasileira de Transplantados (ABTx).
Juliana da Silva Winter, farmacêutica clínica integrante do Programa de Transplante Renal integrante do Hospital de Clínicas de Porto Alegre.
Luana Severo, mãe de Pedro Severo, transplantado pulmonar em 2019.
apresentação
Glaci Salusse Borges, coordenadora do projeto Cultura Doadora
data
3 de maio de 2022, 19h
local
Transmissão ao vivo pelo canal da Fundação Ecarta no youtube
apoio
Sinpro/RS