AVC – Principal causa de morte encefálica
O Acidente Vascular Cerebral (AVC), popularmente conhecido como derrame, é a segunda maior causa de mortalidade no Brasil e o principal agente de incapacidade no mundo. A atividade é alusiva ao Dia Mundial do AVC, celebrado em 29 de outubro.
Diante dos altos índices de ocorrência da doença, o projeto Cultura Doadora pauta o assunto para divulgar as formas de prevenção e de redução dos casos, conscientizar o público sobre os sinais e fatores de risco, incentivar a tomada de decisão para melhorar a prevenção, acesso ao tratamento na fase aguda e o suporte para os sobreviventes de AVC e cuidadores, adianta a coordenadora do projeto, Glaci Salusse Borges.
Apesar de ser um problema silencioso, a partir do momento que se conhece mais sobre a doença é possível aumentar os níveis de alerta para saber identificar sintomas e mudar hábitos que podem ajudar na prevenção, completa.
Um acidente vascular cerebral ocorre quando o fluxo de sangue no cérebro é interrompido por um entupimento ou rompimento dos vasos. A Organização Mundial de Saúde prevê que uma em cada seis pessoas terá problema relacionado ao quadro ao longo da vida. Quando se trata de AVC, minutos fazem muita diferença para reduzir perda de memórias, fala, a mobilidade e salvar a vida.
No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, a cada cinco minutos uma pessoa falece em decorrência da doença, contabilizando mais de 100 mil mortes por ano. Somente no mês de julho de 2022, o AVC matou 8.758 brasileiros, o equivalente a 11 óbitos por hora, segundo dados do Portal de Transparência dos Cartórios de Registro Civil do Brasil. No primeiro semestre deste ano, foram 56.320 mortes, número acima das vítimas de infarto (52.665) e covid-19 (48.865).
prevenção
Os sinais mais comuns são alterações na fala; dificuldade para entender comandos simples; confusão mental; perda visual em um ou nos dois olhos; convulsão; perda de força e/ou sensibilidade em um ou ambos os lados do corpo; perda de equilíbrio, coordenação ou dificuldade para andar e dor de cabeça intensa. Como o paciente pode apresentar um comprometimento do sistema neurológico, o ideal é que seja atendido o mais rápido possível se apresentar alguns desses sintomas.
O principal fator de risco para a ocorrência do AVC é a hipertensão arterial. Em seguida, vem, arritmia cardíaca, diabetes, tabagismo, colesterol alto e obesidade. Outros fatores estão relacionados à idade, raça e herança genética.
Para prevenir, o ideal é manter uma vida saudável, sem fumar, consumir álcool ou drogas ilícitas, além de manter alimentação equilibrada, peso ideal, beber bastante água, praticar atividades físicas regularmente e manter a pressão e a glicose sob controle.
O AVC pode ser isquêmico ou hemorrágico. O primeiro responde por 85% dos casos e deriva da obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral e desencadeia a falta de circulação no seu território vascular. Já o hemorrágico tem origem em uma ruptura espontânea de um vaso, que pode ser um aneurisma e faz com que o sangue preencha o interior do cérebro (hemorragia intracerebral), o sistema ventricular (hemorragia intraventricular) e/ou o espaço subaracnóideo (hemorragia subaracnóide).
palestrantes
Angélica Dal Pizzol, especialista em Neurologia Vascular. Formação em Doppler Transcraniano pela Academia Brasileira de Neurologia (ABN) e mestra em Ciências Médicas e da Saúde (UFRGS). Atua nos hospitais de Clínicas de Porto Alegre e Moinhos de Vento.
depoimento
Thais Schilling de Ávila Leuck, farmacêutica, integrante de família doadora de Marco Aurélio Louzada de Ávila, vítima de morte encefálica por AVC.
apresentação
Glaci Salusse Borges, coordenadora do projeto Cultura Doadora
data
27 de outubro de 2022, às 19h
local
Transmissão ao vivo pelo canal da Fundação Ecarta no Youtube.
acesso gratuito
apoio
Sinpro-RS