Lançamento da Frente Nacional pela Aprovação do Uso da Membrana Amniótica em Queimados no Brasil

O Banco de Tecidos Dr. Roberto Corrêa Chem da Santa Casa de Porto Alegre, a Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria, a Unidade de Queimados do Hospital Cristo Redentor de Porto Alegre, a Unidade de Queimados do Hospital de Pronto Socorro de Porto Alegre, a Sociedade Brasileira de Queimaduras e a Fundação Ecarta se uniram para constituir a Frente Nacional pela Aprovação do Uso da Membrana Amniótica em Queimados.

A iniciativa tem como propósito mobilizar a sociedade para apressar o processo de regulamentação do uso desse material no Brasil. O procedimento está em análise na Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), no Ministério da Saúde, desde 2021, logo após o Conselho Federal de Medicina autorizar o uso desse material.

A membrana amniótica é a camada mais interna da placenta, que produz o líquido amniótico. Esse líquido tem muitos fatores de crescimento que estimulam e melhoram a cicatrização.

O Brasil é o único país da América do Sul que não regulamentou ainda o uso da membrana amniótica

A diferença da membrana amniótica para a pele e outros materiais, segundo ele, é gigantesca em vários sentidos. A membrana é mais fácil de captar, de esterilizar, de disponibilizar quase instantaneamente, com custos e logística muito menores. Já a pele vem contaminada, não tem sorologia do doador, os custos são infinitamente maiores com toda a logística de captação, laboratórios, exames, tratamentos da pele coletada que passará por processos complexos até estar apta para uso.

“Vai revolucionar o tratamento dos queimados no Brasil e melhorar os nossos resultados ao longo dos anos. Terá grande impacto no tratamento de queimaduras e feridas”, assegura o cirurgião plástico José Adorno, da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ).

A constituição de uma frente foi sugerida pela Fundação Ecarta, por meio do projeto Cultura Doadora, que tem como missão a sensibilização para a doação de órgãos e tecidos e a melhoria da estrutura médico-hospitalar. “Os benefícios do uso da membrana amniótica podem garantir melhorias no tratamento de mais de 100 mil pacientes que sofrem queimaduras ao ano no Brasil”, justifica Marcos Fuhr, presidente da Ecarta.

A Associação dos Familiares de Vítimas e Sobreviventes da Tragédia de Santa Maria integra a Frente. No incêndio da Boate Kiss, ocorrido em 27 de janeiro de 2013, que provocou a morte de 242 pessoas e ferimentos em outras 636, a membrana teve o uso autorizado de forma excepcional.

Na época, bancos de pele dos países vizinhos enviaram seus estoques de curativos de membrana permitindo o tratamento de mais de 100 vítimas internadas com queimaduras.


data e horário
25 de julho de 2024, às 14h

local
Fundação Ecarta (Avenida João Pessoa, 943 – Porto Alegre).


Confirmação de presença
Secretaria Fundação Ecarta – 51. 4009.2970/4009.2971

Mais informações para a imprensa e entrevistas
Jornalista Stela Pastore, assessora de imprensa – 51. 99913.2295