Painel aborda doenças que levam ao transplante de pulmão

“As principais doenças que levam ao transplante de pulmão” é tema de painel online do projeto Cultura Doadora.

Fibrose cística, sarcoidose, fibrose pulmonar, hipertensão pulmonar, linfangioleiomiomatose, bronquiectasia severa e  doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) grave são as patologias que mais frequentemente demandam por transplante.

Entre o doador e receptor de pulmão deve haver compatibilidade de tamanho do órgão e do grupo sanguíneo ABO. Após a captação do pulmão, o órgão pode ser mantido fora do corpo por no máximo seis horas. A cirurgia dura entre 4 e 8 horas, no caso de um pulmão, e entre 6 e 12 horas, no caso de dois pulmões.

Segundo a Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), na pandemia a quantidade de transplantes de pulmão é a segunda que mais caiu (38,7%), seguida pela de rim (24,5%). O transplante de córneas foi o mais afetadado (52,7%).

A lista de espera por pulmão no Brasil está com 235 pessoas e 105 no RS de acordo com dados da Central de Transplantes RS em agosto 2021.

De janeiro a agosto de 2021, foram feitos 10 transplantes pulmonares no RS, sete captados no estado e três em outros estados. No mesmo período, de janeiro a agosto, em 2020 foram realizados16 transplantes e em 2019 foram 29.

No primeiro semestre deste ano, o transplante pulmonar caiu 5,7%, nos dois estados que realizaram o procedimento, tendo aumentado 31% em SP e diminuído 50% no RS. Em julho deste ano o Rio de Janeiro passou a ser o terceiro estado a promover transplante de pulmão no país.

No Rio Grande do Sul os transplantes de pulmão são realizados pelo Hospital de Clínicas e pela Santa Casa de Porto Alegre. O primeiro transplante de pulmão na América Latina, foi realizado há 30 anos em Porto Alegre, pelo pneumologista José Camargo, pai do painelista Spencer Camargo.

O número de transplantes feitos pelo SUS em 2020 foi o menor em oito anos em decorrência da pandemia. Dados de junho mostram 45.664 adultos e 865 crianças aguardando por transplante no Brasil. O Rio Grande do Sul já foi líder em doação de órgãos e atualmente ocupa o oitavo lugar.

Mais de 40% dos familiares negam a doação de órgãos nos casos de morte encefálica, em geral, por desinformação. A doação de órgãos de um paciente salva até oito pessoas e dá qualidade à vida de outros pacientes. Apenas pacientes com morte encefálica são doadores de múltiplos órgãos e do total de óbitos apenas 2% tem morte encefálica.

painelistas 

Cirurgião torácico e transplantador pulmonar da Santa Casa de Porto Alegre

Transplantada de pulmão por duas vezes (2012 e 2021). Natural de Itaqui,  44 anos, bacharel em direito e bancária aposentada.

Estudante de medicina, integrante da Liga Acadêmica de Transplante de Órgãos da Unisinos.

apresentadora

Jornalista e diretora da Fundação Ecarta

data e horário
14 de outubro de 2021, 19 horas

local
Ao vivo pelo canal da Fundação Ecarta no Youtube e facebook do projeto Cultura Doadora.

apoio
Coren-RS e Sinpro/RS