Transplante de coração e captação de órgãos

O último painel do ano do projeto Cultura Doadora abordará todo o processo que envolve o transplante de coração, bem como o pioneirismo no estado do Rio Grande do Sul na área. Para falar sobre o tema foi convidada integrantes da equipe do Instituto de Cardiologia do estado.

O Rio Grande do Sul, que já foi líder em doação de órgãos no Brasil e atualmente ocupa o oitavo lugar, presenciou uma redução nos transplantes de coração no RS durante a pandemia. Foram realizados 26, em 2019; 13, em 2020; e 11, até outubro deste ano. A lista de espera, por sua vez, subiu de 15, em 2019, para 16, no ano passado, e 17, até outubro deste ano, pelos dados da Secretaria da Saúde do estado.

O primeiro transplante de coração da América Latina foi realizado no Brasil há 53 anos pelo cirurgião Euryclides de Jesus Zerbini, em São Paulo. No RS, o primeiro transplante de coração foi realizado há 37 anos pelo cardiologista Ivo Nesralla, falecido em 2020 com 82 anos.

O transplante de coração é uma cirurgia recomendada apenas em casos extremos. São priorizados para transplante pacientes com doença terminal no coração ou com expectativa de vida abaixo de 50% nos próximos 12 meses devido a problemas no órgão.

Para fazer o transplante, é necessário que doador e receptor tenham compatibilidade sanguínea e que o tamanho do coração de ambos seja proporcional. O coração deve ser implantado no receptor em até 4 horas após a retirada do doador. A cirurgia tem duração entre 4h e 6h.

Na recuperação, o paciente segue respirando por aparelhos e permanece de quatro a cinco dias na UTI e na internação por uma ou duas semanas. No pós-transplante é necessário realizar periodicamente exames de biópsia, no qual pequenos pedaços do coração são coletados e analisados para verificar uma possível rejeição e controlar a dosagem de medicamentos.

painelistas
Lucas Krieger Martins, coordenador do Departamento de Cirurgia do Instituto de Cardiologia
Ivana Facciol Pessato, gerente da Organização de Procura de Órgãos 7 (OPO 7), ou OPO Cirúrgica, responsável por captar, acondicionar e transportar os órgãos até os centros transplantadores do Estado
Aline Maske, Transplantada de coração há 2 anos e 4 meses, 31 anos

 

data e horário
16 de dezembro de 2021, 19h

transmissão 
Canal do youtube da Fundação Ecarta.