Suíte Gramelô
O espetáculo é uma celebração da linguagem, da diversidade e da experimentação sonora a partir da reunião de quatro premiados cantores e compositores com carreiras de mais de 25 anos.
O espetáculo costura os universos dos álbuns individuais dos integrantes — Guaipeca (Leandro Maia), Canções Inerentes (SulimarRass), Viva o Tambor (Kako Xavier) e A Estrada e as Canções (Cardo Peixoto) — em um show marcado pela diversidade instrumental e pelo dinamismo cênico.
Além do quarteto vocal, os músicos se revezam em um verdadeiro “troca-troca” de instrumentos, explorando violão, baixo, cavaquinho, ukulelê, viola caipira e bajo quinto mexicano, além de uma percussão rica e pulsante, que inclui pandeiros, agogôs, tamborins, claves e os imponentes tambores praieiros e sopapo.
O grupo combina composições inéditas, releituras e fusões musicais, resultando em uma experiência artística inovadora e vibrante. Deste encontro nasce o “Bando Gramelô” a partir da exploração criativa de linguagens inventadas e vocalidades performáticas, inspirando-se no conceito do Gramelô (ou Grammelot), tradição ancestral que remonta à Commedia dell’Arte, linguagem que permitia a artistas censurados expressassem resistência por meio de sons e expressões criativas.
O grupo amplia essa abordagem, explorando palavras inventadas, neologismos, paralinguismos e vocabulários familiares e regionais, com destaque para as influências diaspóricas, indígenas e africanas, evocando o “pretoguês” de Lélia Gonzalez.
Com leveza e humor, propõe uma reflexão sobre identidade e linguagem, reunindo quatro cantautores em um diálogo que questiona estereótipos, masculinidade tóxica, fluidez de gênero e envelhecimento.
Musicalmente, o projeto se conecta a referências icônicas como Os Almôndegas, Musical Saracura, Tangos e Tragédias, LesLuthiers, Pentagrama, Os Tapes e Graforreia Xilarmônica, mesclando irreverência e sofisticação.
Bando Gramelô
Formado por quatro experientes artistas de carreiras distintas e bem sucedidas que neste projeto se somam para criar canções com bom humor e irreverência.
A proposta inicial era criar um show coletivo reunindo algumas de suas canções que se expandiu para composições criadas especialmente para o grupo, resgatando obras não inclusas em seus projetos individuais.
Kako Xavier, cantor, compositor, pesquisador e produtor
Artista gaúcho com 30 anos de carreira, circula com o seu novo show Viva o tambor celebra de uma forma leve, apresenta suas composições autorais e leva ao palco os Tambores Gaúchos, Tambor Praieiro (tambor criado por ele em 2017) e o Tambor de Sopapo com a fluência do afro pop.
Construiu sua trajetória musical integrando os mais diversos estilos ao longo de sua carreira. Criou os projetos A Casa do Tambor, o Baile da Tamborada, o Bloco Cultural de Carnaval Tamborada, A Turma do Tamborito e Novembro o Ano Inteiro que resultam no espetáculo Viva
Cardo Peixoto, cantor, compositor, produtor musical e multi-instrumentista
O artista pelotense completou 40 anos de carreira musical celebrando o projeto A Estrada e as Canções. Iniciou a carreira em bares e casas noturnas de Pelotas e região. A partir do ano 2000 – com a gravação do álbum ao vivo Rota da Estrela e já lançou cinco álbuns, dois EPs e diversos singles. O artista sempre se interessou por ações artísticas coletivas, sendo que a principal foi sua participação no Projeto Dandô – Circuito de Música Dércio Marques, iniciativa nacional, colaborativa, que promove a circulação de artistas.
Coordenou o projeto por 10 anos, circulou com seus shows pelos estados do Rio Grande do Sul, Paraná, São Paulo, Minas Gerais e Goiás.
Leandro Maia, cantor, violonista e compositor.
É Professor Adjunto da Universidade Federal de Pelotas.Doutor em Música pela BathSpaUniversity/ReinoUnido com a tese ‘Poeticsof Song: songwritinghabitusinthecreativeprocessofBrazilianmusic’. Mestre em Literatura Brasileira (UFRGS) com a dissertação Quereres de Caetano: da canção à Canção. Especialista em Letras – Práxis da Criação Textual(Uniritter). Licenciado em Música (UFRGS). Dentre seus últimos lançamentos, encontra-se o álbum Guaipeca: uma ilusão autobiográfica, lançado em 2023 reproduzido exclusivamente em LP através de financiamento coletivo. O trabalho rendeu apresentações no Brasil e Costa Rica e grande repercussão na imprensa, chamando a atenção para sua “proposta sem coleira”.
No mesmo ano, participou como artista e colaborador do Acorde Brasileiro – Encontro Nacional das Músicas Regionais,em Pelotas, em homenagem à memória de Luiz Carlos Contursi, seu idealizador.
Sulimar Rass, músico, compositor, professor
Graduado em Produção Fonográfica pela UCPel, estudou violão erudito na mesma universidade; produziu, dirigiu e atuou como músico em diversos trabalhos de outros artistas. É proprietário da RASS Escola de Música, conceituada escola de música que atua há mais de 25 anos no mercado Pelotense.
Possui três álbuns gravados: “SulimarRass em estúdio”, “Conclusões Absurdas” seu atual “Canções Inerentes” gravado parte no Brasil e parte na Argentina, produzido e arranjado por Edu Martins, com participação do percussionista argentino Mariano Tiki Cantero e do pianista Luiz Mauro Filho. Atualmente prepara “O sul em cantata”, obra em parceria com Ivanov Basso e o poeta Martin Cesar.
O show tem 12 canções, que fazem parte dos projetos individuais de cada integrante, além das composições inéditas, releituras e fusões musicais criadas e arranjadas exclusivamente para o grupo. É um verdadeiro mosaico sonoro, criativo, irreverente, cheio de atitude, profundidade e bom humor.
Ziguiriguidum – Abertura Suíte Gramelô (Leandro Maia)
Zig (Kako Xavier/Procurado Vulgo)
Marchandum (Sulimar Rass)
Mejuja (Cardo, Kako, Leandro, Sulimar), inédita, em mixagem
A vida com o C (Kako Xavier e Eduardo Radox)
Lourdes e o Esquerdomacho (Leandro Maia) – (versão Guaipeca)
A paz que a gente tem (Cardo Peixoto)
Matita Perê (Cardo Peixoto e Nina Araújo)
Todo Negro (Cardo Peixoto)
Pelos olhos do meu amor (kako Xavier e Duda Jacques)
Todos os Tempos (Sulimar Rass) (do Cd Conclusões absurdas)
Pirão de Cocota – (Sulimar, Kako, Cardo e Leandro)
data
10 de maio de 2025, 18 horas
local
Fundação Ecarta (Avenida João Pessoa, 943 – Porto Alegre). Transmissão ao vivo pelo Canal da Fundação Ecarta no Youtube
entrada franca
