Mostra especial de videodança

Uma seleção de seis videodanças integra a série de trabalhos convidados de quatro países integrando a terceira edição do Festival Internacional de Videodança (Fivrs). As produções são provenientes da Argentina, África do Sul, Rússia e  Brasil trazendo trabalhos com duração de 6 a 17 minutos.

As produções combinam as linguagens das artes do vídeo e da dança em temáticas livres  e complementam a edição deste ano que ocorreu de 1º e 18 de setembro, exibindo 47 trabalhos selecionados entre 142 inscritos de 27 países, nas categorias Dançando a gira da vida; Corpografias insurgentes; Terras e corporalidades. 

 

FIVRS 2022 – Convidadas

A criação (2022, 6’06), de Raquel Rocha – Goiânia, Goiás, Brasil

Esta obra tem como poética a criação do mundo narrada pela perspectiva yorubá, na qual trago a presença de Olodumare na figura dos dois corpos masculino e feminino e que se misturam em uma única unidade. Olodumare está diretamente vinculada ao mito da criação, buscar uma forma de representação vinculada à ela, é trazer outras formas de narrativa contribuindo com um olhar decolonial e potencializando outras formas de leitura e sentir para além de da referência cultural cristã construida sobre os pilares da escravidão e colonialismo do Brasil.

Ficha Técnica

Direção e Criação: Raquel Rocha
Coreografia: Juliana Jardel

Interpretação: Marcelo Marques e Juliana Jardel

Edição: Raquel Rocha

Ideia Original: Raquel Rocha e Marcelo Marques

Realização: Orum Aiyê Quilombo Cultural

CÃES é um filme-ritual que traz homens fruindo seus corpos de forma  coletiva, celebrando sua existência como matilha. O  audiovisual é  baseado no processo de criação do espetáculo de dança homônimo que  teve sua estreia suspensa em 2020 em razão da pandemia da COVID-19.

Com elenco formado exclusivamente por dançarinos homens (cis, trans e  queer), o filme parte de uma investigação em torno de uma corporeidade  selvagem. Esse processo de pesquisa teve inicio nos estudos teórico práticos da diretora Alexandra Dias sobre a antropofagia no corpo, os  quais geraram uma corporeidade que oscila entre pessoa e cão. E é por  meio do trânsito entre cão e homem que o trabalho dança a masculinidade nos corpos. Assim, o filme  explora o que chamamos de uma possibilidade xamânica de transição.

Ficha técnica

Direção e roteiro: Alexandra Dias

Elenco: Alêxander Christopher Pereira Garcia, Brendon Miranda, Ítalo Ribeiro, Janiel  Bitencourt, Jarrão, Manoel Timbaí, e Mauricio Ploenals

Direção de fotografia e edição: Takeo Ito

Trilha sonora original: Christian Benvenuti

Direção de produção: Chico Maximilla

Preparação Corporal: Mestre Jarrão

Figurino: Ana Mercedes Hernandez

Maquiagem: Paloma Goveia

Fotos Still: Camila Albrecht

Design gráfico: TUPAX Pindoramogràphïco

Produção: NOZ Audiovisual, Campos Neutrais Produções,  OUTRO Danças Divulgação e assessoria: ARTERIA Produções

Financiamento: Procultura – Prefeitura de Pelotas

 

Ficha técnica 

Intérpretes-criadores: Beliza Gonzales, Brendon Ferreira, Caroline Paz, Érick Dias

Felipi Santos, Francine Ferreira, Jéssica Carvalho e Tunai, Joseana de Lima, Ludmila Coutinho, Miguel Ferreira, Natiele Meirelles, Naiane Ribeiro, Thiago Meireles, Raquel Silveira

Voz em off: Diego Rodrigues Pereira

Texto e Argumento: Thiago Amorim

Dramaturgia: Josiane Franken, Manoel Timbaí e Thiago Amorim

Direção Geral: Thiago Amorim

Assistente de Direção:Igor Pretto

Produção: Beliza Gonzales

Assistente de Produção: Ederson Vergara

Direção de Fotografia e Edição: Rebeca Francoff

Consultoria de Roteiro: Cíntia Langie

Making Off: Josiane Franken

Estúdio: Audiolook Estúdio

Trilha Sonora: Diih Neques

Criação e Confecção de Figurinos: Colab Milla Lima por Ludmila Coutinho + Usina Feminista

Assistente de Figurino (set): Joana de Leon

Maquiagem: Milla Lima por Ludmila Coutinho e Paloma Goveia Makeup

Identidade Visual: Gianny Franken

Desconstruir, desafiar e reconstruir a linearidade e a performatividade da sexualidade. Desvincular a linearidade do masculino. Mascarar a sua linearidade.

Ficha técnica

Conceito, coreografia e performance: Smangaliso Ngwenya

Registro videográfico:  Kamogelo Molobye

Edição: Smangaliso Ngwenya

Música – composição e compilação: Ciko Sidzumo

Na futura era geológica Plasticoceno, uma mulher viaja ao Espaço e chega a um planeta de plástico! Conhece aos “plasticoides” e dança com eles. Até onde podemos chegar como humanidade?

Ficha técnica

Ideia original e direção: Paz Guerrero

Performance: Yamila Guillermo

Fotografia, câmera, edição: Nicolás Moro

Caracterização: Valentina Domínguez

Vestuário: Carolina Perez Carbajal

Assistente: Guadalupe Taborda Goldman

Produção Mandrila e Paz Guerrero

Música: Salokin

Este retrato documental apresenta um jovem chapeiro de lanchonete que sonha em dançar por todos os lugares por onde passa e cujo olhar interpela a dança dentro e fora de si, inclusive quando assiste a uma batalha de Hip Hop.

Ficha técnica 

Produtor: Emilio Campos

Diretor: Ramazi Baranov

Fotografia: Nick Zonov

Som: Sergey Suslov

Performer: Ivan “LilKes” Zaytsev

data
4 a 6 de outubro de 2022 – das 10h às 18h

local
Fundação Ecarta – Avenida João Pessoa, 943 – Porto Alegre

realização
Programa de Pós-graduação Mestrado em Artes Visuais – PPGAVI, e Curso de Dança da Universidade Federal de Pelotas – UFPel
Fundação Ecarta