Pinturas de Zé Darci
O passado não é mais o que era
Zé Darcí apresenta uma coletânea com mais de 50 pinturas abrindo a programação 2024. Nessa mostra estão obras da épica série “Heroísmo Farroupilha”, em que destaca a bravura dos Lanceiros Negros frente à traição e o massacre de Porongos.
Além da inédita série “Orixás”, expõe diversos trabalhos de paisagens onde critica e reivindica atenção às mazelas urbanas e ao êxodo rural, e rende homenagens a personalidades negras da cultura rio-grandense.
A presença negra no Rio Grande do Sul e a busca por igualdade social no Brasil são recorrentes em sua criação.
o artista
José Darci Barros Gonçalves
Nasceu em 1960, na cidade de Arroio Grande, mas desenvolve seu trabalho em Pelotas. Nessa cidade, junto com outros artistas, criou o grupo Quilombos Urbanos – Grupo de artistas plásticos de Pelotas, cujas exposições reúnem obras sobre a temática da existência negra e afrodescendente.
Começou sua trajetória em 2000, e desde então pintou mais de 100 telas e teve trabalhos expostos em países como Chile, Alemanha, República Tcheca e Itália.
Premiado por seus trabalhos Fome Zero e Fome 2, já participou de mais de 70 exposições, entre individuais e coletivas, por todo o Rio Grande do Sul.
Em 2009 participou do XIV Circuito Internacional de Arte Brasileira, expondo no Museu Pablo Neruda – Isla Negra / Santiago – Chile e no Museu de Arte da Pampulha – Belo Horizonte /MG. E no mesmo ano, obteve premiação no I Salão de Artes Plásticas de Arroio Grande. Em 2010, o trabalho Brasil na África do Sul, participou do XV Circuito Internacional de Arte Brasileira.
Sua exposição Memórias e Identidade: uma visão africanista abriu o FST e segue em cartaz até 29 de fevereiro no Memorial do RS, em Porto Alegre. 2016.
O pintor e desenhista integrou a Exposição Presença Negra no Margs, em 2022, com a participação de cerca de 70 artistas.
Desde que foi convidado a participar do movimento negro de Pelotas, Zé Darci viu na sua arte a oportunidade de expressar questões fundamentais sobre a própria identidade e da realidade à sua volta. Seu talento dá vida a histórias de quilombolas, retrata a força das mulheres negras, revisita o passado dos negros no Estado, revê a construção de um Jesus Cristo branco no imaginário da sociedade.
curadoria
André Venzon
abertura
05 de março de 2024, 19 horas
visitação
5 de março a 07 de abril de 2024, das 10h às 18h, de terças a domingos.
No final de semana dos dias 16 e 17 de março a Galeria não abrirá para visitação.
entrada franca